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A chinelada de Lula nos vigaristas da Câmara dos Deputados

Governo demite indicados de PP e PL na Caixa

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vive um momento de tensão com partidos do Centrão, como PP (Progressistas) e PL (Partido Liberal), após uma série de atritos no Congresso Nacional.

Em setembro de 2025, os presidentes dessas legendas — Ciro Nogueira (PP-PI) e Antonio Rueda (União Brasil, aliado ao PL em alguns contextos) — anunciaram o rompimento com o Executivo, exigindo que filiados deixassem cargos no governo federal. Essa decisão impactou indicações em ministérios e estatais, incluindo a Caixa Econômica Federal, que historicamente é um espaço de barganha política.

A gota d’água veio na votação da Medida Provisória (MP) 1.303/2025, que propunha alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para elevar a arrecadação em cerca de R$ 17 bilhões em 2026, ano eleitoral. Em 8 de outubro de 2025, a Câmara dos Deputados, por 251 votos a 193, retirou a MP da pauta, fazendo-a caducar e representando uma derrota clara para o Planalto. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), celebrou o resultado como uma “vitória do povo brasileiro” contra aumentos de impostos, enquanto o líder petista na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), chamou o episódio de “sabotagem contra o Brasil”.

A Reação do Governo: Demissões na Caixa

Em retaliação direta, o governo agiu rapidamente. Na sexta-feira, 10 de outubro de 2025, a Caixa Econômica Federal exonerou dois executivos ligados a figuras centrais do Centrão:

Raimundo Nonato Lopes Filho: Vice-presidente de Habitação, indicado pelo vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ). Ele foi substituído interinamente por Jean Rodrigues Benevides, atual diretor executivo da área.

José Trabulo Junior: Consultor do presidente da Caixa, Carlos Vieira (indicado pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, do PP-AL), atuando no cargo desde setembro de 2024. Trabulo também foi afastado.

Essas demissões foram interpretadas como um recado do Palácio do Planalto aos partidos que “aboncaram” cargos na estatal, apesar de tentativas do governo de consolidar uma base aliada no Congresso. A Caixa, presidida por Carlos Vieira desde 2023 (após a demissão de Rita Serrano para acomodar interesses do Centrão), continua sob influência de Lira, mas o governo sinaliza que não tolerará mais obstruções.

No Executivo, a crise pode afetar outros filiados, como o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), que já foi afastado de funções partidárias. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), reagiu ao rompimento inicial afirmando que “ninguém é obrigado a ficar no governo”, mas cobrou compromisso de indicados com as pautas de Lula.

No Congresso, o episódio destaca os desafios de Lula em negociar com o Centrão, que historicamente usa estatais como moeda de troca. A derrubada da MP agrava o rombo fiscal projetado para 2026, forçando o governo a buscar alternativas via projetos de lei.


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