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Luciana Santos: “Ciência e inovação são chaves contra a crise climática”

A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB), destacou nesta quinta-feira (16) que ciência, tecnologia e inovação são pilares indispensáveis para enfrentar a crise climática. Durante participação no programa “Bom Dia, Ministra”, ela apresentou as ações do governo voltadas para a transição energética e para as entregas brasileiras na COP30, que será realizada em Belém (PA), no próximo mês.

“Quando se fala em mudança climática, necessariamente é preciso ciência, tecnologia e inovação. Sem isso, é impossível superar o desafio do aquecimento global”, afirmou.

Entre as 11 iniciativas do MCTI que serão apresentadas na conferência, a ministra citou o Museu das Amazônias, o AmazonFACE, a Casa da Ciência e o novo supercomputador do Inpe, que já posiciona o Brasil entre os líderes globais na produção de conhecimento sobre o clima. O equipamento realiza oito quadrilhões de operações por segundo, o que garante previsões climáticas dez vezes mais rápidas e precisas. Além da potência, o supercomputador é sustentável e funciona com energia solar, refrigeração líquida e inteligência artificial.

“Estamos usando inteligência artificial para garantir maior precisão nas previsões e nos dados sobre o que ocorre nos nossos biomas. Isso fortalece a capacidade do país de agir preventivamente diante de eventos extremos”, explicou.

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Outro projeto de referência internacional é o AmazonFACE, experimento que simula o aumento de dióxido de carbono na floresta amazônica para entender os impactos das mudanças climáticas sobre a vegetação. “É um campo experimental de referência global”, destacou Luciana.

A ministra também ressaltou a importância do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), que fornece informações estratégicas à Defesa Civil sobre riscos de deslizamentos e inundações. “O Cemaden antecipa informações cruciais. Detecta movimentos de massa e marés e alerta os municípios com até três dias de antecedência. Isso salva vidas”, afirmou.

Luciana lembrou o compromisso assumido pelo presidente Lula (PT), na última COP em Baku, de alcançar a emissão líquida zero até 2050. “O Brasil já tem uma das matrizes mais limpas do mundo, mas ainda há desafios no setor de combustíveis. Por isso, estamos investindo na bioeconomia e na lei do Combustível do Futuro”, ressaltou.

No campo da transição energética, o destaque foi o desenvolvimento de uma tecnologia nacional que substitui enzimas importadas na produção de etanol de segunda geração. “Esse coquetel enzimático é um salto para a indústria nacional. Vai reduzir custos em até 30% e fortalecer a nossa soberania tecnológica”, completou a ministra.

Assista ao programa:

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