PT de portas abertas

Arte: Paulo Honório

PT de portas abertas

Uma proposta de finanças fundada na militância e na nossa sede!

O debate de finanças ganhou força nacionalmente no PT a partir do momento em que o movimento golpista intensificou a criminalização dos financiamentos eleitorais recebidos pelo partido, mesmo estando dentro da regra legal e democrática.

 

Há uma clara ação de tentativa de estrangulamento financeiro do PT.

 

Enquanto para uns obter financiamento empresarial é normal, para o PT é crime.

 

O fim do financiamento empresarial e a adoção do financiamento público de campanhas, tese defendida pelo PT desde os anos 1990, ainda é algo discutível na atual conjuntura e alvo da oposição das forças conservadoras, que desejam manter para si as fontes privadas de financiamento.

 

Dessa forma, é cada vez mais presente a necessidade de autofinanciamento partidário, ou seja, construir materialmente o partido a partir de sua militância e simpatizantes. E isso se torna ainda mais necessário nos Diretórios Municipais, uma vez que os recursos do fundo partidário são cada vez mais fundamentais nacionalmente, para o combate à violência golpista contra a sobrevivência financeira do PT, faltando recursos para serem alocados nos municípios.

 

Em Ribeirão Preto esse debate é caloroso e urgente.

 

Como dar conta do autofinanciamento? Como manter o Diretório Municipal vivo, capaz de organizar sua militância, capaz de receber as forças políticas e contribuir para a construção de uma política popular em Ribeirão Preto?

 

Nossa arrecadação caiu no último período, temos apenas um vereador e a contribuição militante não tem sido suficiente para dar conta das necessidades.

 

Todo militante sabe da sua obrigação partidária de contribuição, então porque tão poucos a fazem?

 

Para enfrentar essas questões é preciso compreender que apenas uma militância entusiasmada e feliz é capaz de contribuir, inclusive materialmente. Não é possível acreditar que na ausência de uma força organizativa, formativa e atuante vinda da direção partidária, teremos uma militância comprometida e capaz de auto prover o partido.

 

Portanto, se queremos fortalecer a capacidade de autofinanciamento, temos que fortalecer a direção partidária, dar o exemplo e contagiar a militância (inclusive fazendo campanhas de filiação que aumente o número de militantes).

 

E para fortalecer a capacidade de autofinanciamento é preciso que o militante se sinta seguro para contribuir. Para isso é preciso uma política de transparência total das finanças, com esse ponto de pauta constando em, toda a pauta da reunião do Diretório.

 

É nesse sentido que faço essa contribuição ao assunto de finanças, que não fugirá da questão da organização partidária.

 

A Sede é o maior patrimônio – PT de portas abertas!

 

Ao contrário da tese esdrúxula de ‘vender a sede’ para resolver os problemas financeiros (uma loucura), é preciso utilizar a sede para auxiliar na superação dos problemas financeiros.

 

E isso pressupõe que ela fique aberta e que o partido a mantenha em funcionamento com a atual funcionária.

 

Para manter os pagamentos em dia da funcionária nós temos a contribuição do nosso mandato legislativo (que o futuro Secretário de finanças deve equacionar) e (aí a proposta que inclui o exemplo da Direção) cada membro do novo Diretório deve se comprometer a fazer uma contribuição mensal e espontânea diretamente para as finanças municipais.

 

Como?

 

Basta entrar no site da Rede PT, no banner Seja Companheiro, e lá fazer a sua contribuição para o DM-RP. Se cada membro do novo diretório se comprometer a contribuir com, digamos, 40 reais mensais, acredito que teremos uma boa fonte de renda mensal para começar a reestruturação financeira.

 

E inclusive vai servir de exemplo para o restante da militância.

 

Com as duas fontes de renda mencionadas acima garantidas, o funcionamento básico da sede também estará e, com isso, podemos avançar!

 

Avançar, como?

 

A proposta PT de Portas Abertas torna a sede mais do que um local de acesso da militância petista. Torna a sede um local de referência para a cena política progressista de Ribeirão Preto. Por que não abrir os espaços da sede para um grupo cultural, ou um movimento social, que usará o espaço contribuindo para a manutenção da sede?

 

Por que não realizar todo o fim de semana um evento que atraia a juventude? Música, debate, encontro da galera jovem. E arrecadar com isso, seja financeiramente, seja politicamente.

 

Trazer jovens para o partido é mais que uma necessidade.

 

E mais: por que não organizar os espaços da sede inaugurando-os com nomes de nossos militantes mais ilustres? Que tal nomear a sede com o nome de Newton Mendes Garcia? Nomear uma sala de reuniões com o nome do Dr. José Carlos Sobral? Ou o espaço da secretaria administrativa com o nome de Paulo Tupinambá?

 

Para cada espaço, uma inauguração, um evento prévio de coleta de recursos.

 

Isso é possível, isso é bom. Uma sede viva e aberta é o chamariz para atrair gente que pensa e que atua para dentro do partido.

 

Ou seja, reestruturar financeiramente o PT de Ribeirão Preto passa obrigatoriamente por reformular nossas práticas e de cobrar de cada militante que se dispôs a colocar seu nome para compor o Diretório e dos companheiros que compõem o mandato parlamentar a darem a sua contribuição real para tornarmos o PT mais forte e atuante.

 

Reestruturar financeiramente significa reestruturar organicamente, politicamente.

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Ricardo Jimenez, militante da CNB-RP e coordenador do Setorial Direitos Humanos do PT-RP Seja Companheiro, faça sua doação ao PT de Ribeirão Preto

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